Dizem que os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus, ou ainda que os homens só querem sexo e as mulheres só querem amor. Mas o amor vai além do carnal, afinal desde criança aprendemos a amar nossos pais - em teoria rs - e criamos relações de afetividade no núcleo familiar. Esses são os papéis do Sol e da Lua: eles fazem o papel do pai e da mãe.
Mas nós crescemos, e começamos a desenvolver relações fora desse núcleo, numa dinâmica em que meninos e meninas não se misturam, e esses núcleos costumam ser bem rígidos, com normais sociais ou comportamentais que ditam o que cada um pode vestir, fazer, ser etc. Nessa fase se inicia a jornada em busca da identidade sexual e emocional e nos dispomos para conhecer os detalhes da natureza de nosso sexo.
A negação do sexo oposto faz parte desse processo, pois torna possível que façamos contato exclusivamente com o que nos é semelhante, e assim não corremos risco de nos contaminarmos com as angústias, os desejos e as características próprias de um universo distinto do nosso. Se ainda não sabemos quase nada acerca de quem somos, é sinal de que não estamos preparados para descobrir novos mundos, e esses receios podem se manifestar em nossas vidas em algum momento no futuro.
Existem momentos em que queremos estar juntos daqueles que não dizem: "Você só sabe falar disso!". Entretanto, se a diferenciação vivida na infância não for transformada em admiração pelas qualidades do sexo oposto, quando adultos repetiremos esse mesmo modelo: homens caçando, mulheres cozinhando. Sem a integração desses modelos, a razão e a objetividade são apartadas e perdemos o bom senso, a clareza e o equilíbrio. Da mesma maneira, em situações em que prevalece o princípio masculino da lógica, a sensibilidade é bloqueada, o que nos pode fazer cair em arrependimento por não ouvirmos nossa intuição. Subitamente, as qualidades do sexo oposto - não estamos falando da atração física, que fique claro - se tornam interessantes, e aí começa a se desencadear a mais variada série de sentimentos e inseguranças.
Vênus e Marte - Afrodite e Ares na mitologia grega - representam essa outra expressão da polaridade masculino-feminino. Esses símbolos se referem à sexualidade, ao amor, ao relacionamento e ao casamento. Vênus fala sobre o amar e ser amado, enquanto Marte fala sobre chamar atenção a si e sobre nos sentirmos fortes, provocando a difícil batalha entre intimidade e individualidade, dependência e independência.
Em próximos posts serão discutidos os diversos papéis desses dois astros que são sempre comentados dentro e fora da astrologia.
Fonte: "Os astros sempre nos acompanham", de Cláudia Lisboa
Nenhum comentário:
Postar um comentário